sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Uma noite qualquer...

Fomos ao bar jogar sinuca e comer uma pizza essa noite, como de costume coloco sobre o balcão as moedas com que pago minha parte da conta. A balconista simpática agradece pelo troco, algumas reclamam. Na saída avistamos uma colega de turma, com sua carta e carro importado novos em folha; ainda me espanto com isso, já deveria ter me acostumado.

Andamos pelo Campus que começa a apagar as luzes, nos sentamos na pracinha e conversamos sobre o carro da colega, grana, namorado, outros colegas, a faculdade, enfim sobre tristezas e alegrias da vida. Rimos, choramos e por um momento somos felizes em meio ao frio, já é uma da manhã.

Embora estude no centro, moro no bairro. Saio da faculdade e conforme me afasto do centro vejo uma cidade vazia de pessoas e carros, sinto o forte contraste entre o automóvel da colega e os estacionados nas ruas próximas a minha casa. Faço a transição entre a “cidade” universitária e a real todos os dias.

A cidade é de porte médio. Problemas de cidade grande, ares de cidade do interior; um lugar que hora me pertence hora me escapa. Acho que de tanto me deslocar entre extremos, algumas vezes, perco a referência de onde é meu lugar. Meu e de alguns outros amigos que estão, mas não fazem parte, da elite da elite da elite do país, com em certa feita nos disse uma professora. Realmente a elite está aqui, mas não intelectual como eu sonhará um dia.

Chego em casa quase uma e meia da manhã, pensei muito no caminho. Repassei mentalmente toda a noite: o bar, o rápido encontro com a colega de turma, a longa conversa, meus próprios pensamentos que ficaram pelo caminho entre o sublimado e o real, por incrível que pareça ainda me espanto com isso, já deveria ter me acostumado.


Embora esteja numa semana de insônia, estou cansada. Depois reescrevo isso.

Um comentário:

André Rocha disse...

É bom que se espante. Isso não é normal...pode ser comum, mas não é normal...é compreensível, mas inadmissível...que o espanto gere revolta e a revolta, luta. Lutemos, de alguma forma, porque só a luta muda a vida...rs...beijos!