quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
A day in the life!
Foi sem dúvida algumas das horas mais memoráveis de minha vida, essas minhas pupilas - nem tão fustigadas assim - puderam contemplar uma lenda viva!
"Ele está mais para avô que para rock star" dizem alguns, mas só quem esteve em uns de seus shows pode saber o que foi estar em sua quase mágica presença. Toda a "rasgação de seda" da mídia especializada não é exagero, pois poucos artistas tem a energia necessária para manter uma plateia de cerca de 65mil pessoas ligadas em cada um de seus movimentos e acordes.
Meus acompanhantes - devidamente registrados - sairam tão emocionados e extasiados quanto eu dessa "magical mystery tour" e nem os dois dias sem dormir e as várias horas de estrada ofuscaram esses momentos. Pois cada gota de chuva foi recompensada, pelas lágrimas de emoção, pelos risos e pela alegria de ver um dos poucos ídolos que ainda vivem.
Devido ao show reingressei em minha fase beatles, que entro e saio desde que tenho uns 10 anos...rsrs
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
Semestre está chegando ao fim...
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
Caderninho
Alguns dos rabiscos, esse do cinema dedicado a Renato Capela, o ex-mestre Pitaqueiro, pois esqueceu-me na porta do cinema.
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
Genialidade?
Assisti ao filme "Camille Claudel", emprestado pelo meu querido amigo Pitaqueiro. O filme ficou bom, têm cortes, fotografia e figurinos muito bonitos o que lhe rendeu muitos prêmios Cesar e o Urso de Ouro a Isabelle Adjani. O desempenho de Isabelle é impecável, embora ache que seu trabalho fica um pouco arranhado pelo trabalho de maquiagem ineficaz, pois vemos Camille no fim da película com o mesmo rosto angelical dos primeiros minutos, isso desacredita o expectador que durante as quase três horas de projeção passaram-se aproximadamente trinta anos.
Fazendo um apanhado da trama:
Camille demonstrava se tendência a escultura desde tenra idade, seu pai um homem amoroso e culto faz tudo o que pode para alavancar a carreira da filha como escultora. Seu talento foi aperfeiçoado ao longo de sua vida anterior ao sanatório, especialmente durantes os quinze anos em que foi aprendiz e amante de Rodin.
Auguste hesitou muito em abandonar a companheira de longa data por sua jovem e belíssima inspiração, ele não o faz, então Camille o deixa. Entretanto, a jovem escultora vive a sombra da obra de Rodin e a solidão, a falta de reconhecimento e recursos acaba por fazê-la enlouquecer por um processo de paranóia. Ela e seu irmão, o poeta francês Paul Claudel - que eu não sabia, mas é um grande nome da poesia francesa do século XX- eram muito próximos até o romance da jovem com seu mestre e a conversão dele ao catolicismo, sendo assim ele não compreende as fontes da insanidade da irmã e acaba por colocá-la em um asilo durante as ultimas três décadas dela.
O ponto que quero trabalhar não é a relação professor/aprendiz e nem cair no clichê feminista de dizer que o trabalho e talento de Camille foram usurpados por Rodin por ser ele homem, mais velho e famoso e ela mulher, uma vez que isso não procede. Quero trabalhar a questão porque diabos os artistas sofrem tanto, porque a genialidade acaba com o ser?
Já li vários livros que contam a biografia de gênios (em geral artistas plásticos) é quase regra geral: o sofrimento. Derramaram-se sobre seu trabalho e ao fim havia apenas cacos do que eram anteriormente e obras primas como “As conversadeiras” de Camille ou “As Duas Fridas” de Frida Khalo ou os tantos girassóis e “Céu noturno” de Van Gogh. Haverá quem diga que isso é uma manifestação da modernidade, mas não é de todo verdade, pois grandes nomes como Goya e Caravaggio também sofreram essa dilaceração do ser.
Conversando uma vez com o André – o senhor dos Romances Urbanos – acabamos por chegar a um ponto desse enigma, o gênio tem uma percepção muito maior do que a das ditas pessoas comuns, ele sente mais e vê além; isso o faz um estranho em meio aos seus, ele não se adapta e sofre. Entretanto existem entre os comuns os sensíveis, mas não é isso que os torna artistas, como vemos no filme “Interiores” de Woody Allen, na verdade é só mais um efeito tostines, “são gênios porque sofrem, ou sofrem porque são gênios”.
Concluindo, mesmo eu morrendo de ódio e inveja desse povo ainda bem que não sou um gênio, pois como sempre é o egoísmo que nos move, prefiro ser mais leve e com isso mais feliz a sentir e sofrer a dor do artiste e deixar ao mundo uma obra-prima.
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
Dialogos Infames 2
Moça :
Moça :
- O tempo pertence a Deus para os crentes e a ninguém para os ateus, logo, cada um tem o seu. Assim sendo o tempo não pode ser ponderado por ser subjetivo, isso sem levarmos em conta a teoria da relatividade...
- Sabe que horas são? preciso pegar o ônibus.
-Desculpe, sai pra correr sem relógio.
(fui chata?!)
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
Dialogos infames
A pressão está 13 por 7, normal. Mas o coração está um pouco acelerado.
Olhei pra ela e respondi:
Deve ser porque estou com dificuldade pra respirar e por isso estou ofegante.
Ela olhou sorriu: É deve ser por isso mesmo.
Porque tenho que pegar fila pra ouvir coisas como essas?
terça-feira, 13 de julho de 2010
Sobre Saramago
Usemos a ordem cronológica que é sempre mais fácil de ser acompanhada. Sobre o Evangelho, acho que todo mundo crucificou-o por pouca coisa, peço perdão pelo trocadilho, mas quem se escandalizou com ele nem chegou a abri-lo para espiar o que lá havia apenas se ateve ao título. Concordo que algumas coisas que ali estão, chocam: tudo bem a Maria não concebeu virgem, está bem Jesus amasiou com a Maria de Magdala, mas nada disso abala a essência da mensagem que está no novo testamento, pois ainda mostra o cristo que é amor, redenção, fé e luta, porém mais humano.
Por ironia posta por ele ou pelo destino, agora que ele se foi jamais saberemos, o seu livro mais famoso é o mais fraco, possui trechos memoráveis como: a reflexão sobre tempo/memória, a não ressurreição de Lázaro e a conversa entre Deus, o Diabo e Jesus. Porém pareceu-me que após os quarenta dias de reclusão de Jesus no mar, não no deserto, o texto perdeu fôlego e foi meio corrido e sôfrego até o fim.
Em Caim, ainda vemos o mesmo Deus insatisfeito como em O Evangelho, entretanto um Deus mais saramagueano, mal e pérfido. Nesse texto vemos nosso herói fratricida vagar pelos mais significativos acontecimentos do livro de Genesis, excetuando-se o Éden e a expulsão de seus pais de lá; a narrativa percorre um tempo espaço outro em que Caim está em todos os tempos, porém não pertence a nenhum, sempre acompanhado pela figura de Deus que está presente para trazer morte e destruição.
No derradeiro livro, vemos mais uma vez Saramago apedrejar Deus. Nosso velho lusitano nunca entendeu como era possível existir Deus e a dor do mundo, ele a sentia isso é nítido desde seu primeiro romance O Levantado do Chão ou ainda no mais popular Ensaio Sobre a Cegueira. Contudo incutido em seus ideais comunistas e humanitários vemos grandes lições de teologia e amor cristão, coisa que muitos cristãos nunca puderam ou um dia poderão ensinar, ou seja, quem muito julga o ateísmo de Saramago nunca parou para lê-lo e compreende-lo.
Enfim, a morte dele chateou-me muito, porque eu realmente o admirava. Ele sem sombra de dúvida está ao lado de Camões, Pessoa e Gil Vicente no panteão dos escritores lusos, mais um Dom Sebastião que Portugal perdeu.
quinta-feira, 1 de julho de 2010
terça-feira, 29 de junho de 2010
Parafraseando
como se não soubesse a verdade
Estou hoje lúcida,
como quem olha o amanhã sem esperanças
Estou hoje exausta,
como se a morte já tivesse me alcançado
...
Estou hoje perplexa,
como quem se esqueceu da epifania que teve pela manhã
Estou hoje dividida
entre os sonhos quebrantados de hoje
e a dura realidade de amanhã.
...
Hoje sinto que
Falhei em tudo.
mas tenho serenidade, pois
Como não fiz propósito nenhum, talvez tudo fosse nada.
Como se o tudo, fosse um nada possível.
Leia um texto de verdade aqui.
sexta-feira, 25 de junho de 2010
quarta-feira, 23 de junho de 2010
Babel
Não apenas no falar mas no entender, uma nova forma do verbo, sem brechas para o desentendimento das expressões entre falante e ouvinte, uma comunicação onde as intenções do enunciador fossem entendidas de antemão.
As ambiguidades, por mais que me sejam caras em algumas construções linguisticas, mais confundem que esclarecem, essas só apareceriam quando desejadas, os hermetismos, resguardemos pois, afinal o donos dos segredos que os guardem como quiserem. Uma vez que a incompreenção é uma forma de isolamento.
Apenas desejo uma língua onde as brincadeiras e deboches são entendidos como foram concebidos no coração do interlocutor, sem causar ressentimentos ou angustias pela falta de compreensão tanto nos que tentam ser ouvidos quanto nos que tentam ouvir.
terça-feira, 1 de junho de 2010
Correria
tentamos desesperadamente
desacelerar
mas aí, corremos ainda mais
para poder parar
segunda-feira, 3 de maio de 2010
Bolo de caneca
Uma das melhores invenções anônimas já divulgadas pela net...rs
A receita que usamos está aqui mas existem muitas outras por ai!
segunda-feira, 12 de abril de 2010
segunda-feira, 22 de março de 2010
#bonsmotivospromundoacabar
Queria libertar-se! Sentia que podia, pela primeira vez, dominar o mundo que a subjugava que a confinava em sua mediocridade, tornar-se soberana dele, mas não podia. O chão a atraia como se a gravidade fosse a de Júpiter, continuou deitada. A epifania passou e nada aconteceu, sentiu-se mais uma vez a prisioneira da guerra de todos os dias. Levantou-se tomou banho, jantou, leu cinco páginas de um livro e deitou-se. Seu ultimo pensamento, já meio obscuro pelo sono, foi: Amanhã é só outro dia.
segunda-feira, 8 de março de 2010
Saldo de férias
Livros:
O Lobo da Estepe, Herman Hesse
Genesis, Robert Crumb
Terror e Miséria no Terceiro Reich, Bertold Brecht
e comecei a ler O Evangélio Segundo Jesus Cristo de José Saramago
Filmes:
Episódio I: A Ameaça Fantasma, George Lucas 1999
Episódio II: O Ataque dos Clones, George Lucas 2002
Episódio III: A Vingança do Sith, George Lucas 2005
O Discreto Charme da Burguesia, Luis Buñuel, 1972
Atire no Pianista, François Truffaut 1960
Uma Mulher é Uma Mulher, Jean Luc-Godard 1961
A Rosa Púroura do Cairo, Woody Allen 1985
O Pianista, Romam Polanski 2002
A Cidade das Mulheres, Federico Fellini 1980
Julieta dos Espíritos, Federico Fellini 1965
A Estrada, Federico Fellini 1954
Teorema, Pier Paolo Passolini 1968
Cerejeiras em Flor, Doris Dörrie 2008
Grupo Baader-Meinhof, Uli Edel 2008
Abraços Partidos, Pedro Almodóvar 2009
A Noite, Michelangelo Antonioni 1961
Confissões de Uma Garota de Programa, Steven Soderbergh 2009
O Fantástico Dr. Raposo, Wes Anderson 2009
Garapa, José Padilha 2009
Séries:
Coisa que não me orgulho muito, mas é fácil de ver quando tem barulho e gente em casa.
The Simpsons (quinta, sexta e sétima temporadas)
Dexter (primeira e segunda temporadas)
Alguns epísodios esparsos de Seinfeld, Supernatural e Cold Case.
Fiz uma oficina no sesc sobre figurino de teatro e assisti ao ensaio aberto do "capítulo 6: A casa do cavaleiro pobre" da peça "O Idiota", adaptação do romance de Fiodor Dostoievski
E essas foram minhas férias.
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
It Be's That Way Sometime
Just smile look at the problem and say it be’s that way sometime
By Nina Simone
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
Jean-luc quem??
O primeiro filme que vi achei meio fraco foi o "Je vous salue Marie" meio estranho, muito bem filmado mas com um roteiro sem pé nem cabeça. Pesquisando sobre, descobri que o tal filme não era considerado um grande filme nem pelos fãs, logo, achei que tinha começado pelo pé esquerdo e fui até a video locadora buscar a obra-prima do diretor: "Acossado".
Mais uma vez, o filme tem alguns momentos brilhantes referentes a direção: cortes belíssimos, tomadas longas que refletem a época e os personagens; entretanto o roteiro é tão ruim e mal estruturado quanto o do filme anterior. Tanto que, tudo de maravilhoso que há no filme caberia em um curta metragem tranquilamente, e sendo assim, poderia ser considerado um feito genial mas em uma hora e meia soa extremamente enfadonho.
Ontem dei a última chance ao tal do Jean-luc, baixei e assisti - uma vez que não tem em nenhuma vídeo locadora - o "Une femme est une femme" ou em português "Uma mulher é uma mulher" e mais uma vez achei a direção muito bem feita mas o roteiro é fraco, superficial embora tenha algumas boas passagens além de referencias maravilhosas a sétima arte.
Então, frente a tudo isso ratifico minha opinião, acho que o Godard é um cineasta menor. Acho uma afronta quando dizem que François Truffaut é menor, uma vez que acompanhando sua filmografia vemos pérola como: "Jules et Jim", "Fahrenheit 451" , "Noite americana" e ainda a magnifica série "Os incompreendidos" todos com roteiro e direção muito bons.
O Godard é sim um bom diretor e um brilhante crítico de cinema, apenas acho que os roteiros dele são fracos. Enfim, o Truffaut é mestre! e o Godard é bom.
Mas se você discorda faça um comentário...rs
quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
Preciso admitir!
___Comprei. Sim, comprei!
___Adquiri por um preço abaixo do normal o lindo volume 2 da coleção Woody Allen, composto por quatro filmes: "O dorminhoco", "Crimes e pecados", "Hanna e suas irmãs" e "A rosa púrpura do Cairo" todos com roteiro e direção dele. O único inédito para mim era "A rosa púrpura do Cairo" e também o único do box em que Woody não participa como ator.
___Uma esplêndida homenagem a sétima arte! Muito sensível, inteligente e um "falso leve", em algumas partes muito angustiante mas ainda sim uma delicia, coisa de quem sabe e conhece cinema. Coisa de Woody Allen.
sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
Sempre mais do mesmo, só que de outro jeito
Ambos os filmes são do genial diretor espanho Luis Buñuel, diga-se de passagem um dos meus favoritos, embora ele sempre recorra aos mesmos temas: burguesia, Igreja e família. Todos os filme que vi dele são muito interessantes por duas razões: Todos tem o mesmo tema mas o abordam de maneira bem peculiar e todos os são diferentes entre si mas ainda assim tem a assinatura dele estampada em toda a pelicula.
É impressionante como o mesmo tema pode ser revisitado e sempre fresco, tratado por um homem que dizia que se tivesse o encontro de Fausto pediria ao diabo não a juventude de volta mas sim fígado e pulmão novos para poder beber e fumar mais, para assim produzir mais; segundo ele durante a juventude sua deliberada líbido o atrapalhava. E mesmo assim ele morreu aos 83 anos e com cerca de 35 películas.
quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
INFORME - arte pela vida
Estou em meu humilde recinto ajudando a divulgar a campanha "Arte pela vida" do amigo Iéio. Ele irá dar de presente uma arte, que é variação do tema acima, as pessoas que fizerem doações acima de R$50,00 reais a causa haitiana.
Saiba mais clicando aqui.
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
Ano novo
2010 chegou mesmo, meio que se arrastando, pois as férias andam em passos rápidos e sem rumo, sobre o ano que passou, acho que foi de muito proveito e minha esperança é que esse próximo seja ainda melhor. Não preparei muitas promessas para esse novo ano, não quero cansá-lo desde o inicio com frustrações antes do tempo, pois esse é o destino de muitas das promessas dessa época.
Enfim, o ano é novo e assim quero fazer o mesmo com o meu animo nesse pequeno espaço, sempre pensando sobre as coisas, com menos clareza que o costume de outros tempo, onde havia mais tempo que questionamentos. Mas como diz um senhor muito astuto, a vida é doce e vamos aproveitá-la! Feliz 2010 a todos!