segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Devaneios sobre a pasta

Os momentos agora
vivem em fotos
que não envelhecem,
por um lado isso é bom
o tempo não passa pra eles

O tempo agora
só apaga as cores
em minha mente, na foto,
elas ainda são vivas

Sinto que os momentos
estão cada vez mais longe
mas ainda sim, olho para eles
com a maior felicidade do mundo

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Que Mico!!

Durvalzinho (multi-instrumentista, hum sei) de Jimi Hendrix Felipe Dylon de Jimi Page

Que Mico!!! Até entendo a vontade desses dois Zé Ruelas de serem Os Jimi's da música - e da música de verdade!

Pois, que atire a primeira pedra quem nunca quis ser Jimi Hendrix ouvindo Purple Haze e Jimi Page ouvindo Stairway to Heaven, se você nunca tocou uma guitarra imaginária ouvindo Helter Skelter você não ama rock and roll - se você nunca ouviu Helter Skelter é melhor rever seus conceitos...rsrs.

Mas isso aí já é exacerbação da própria mediocridade musical. Sobretudo pro rapaz que inventou o revolucionário estilo "No Hands"...rsrs

Desculpe pelo comentário inapropriado.

Confira o resto das bizarrices aqui!

Birth of Cool

(Fazendo um pequeno aposto)

Mesmo andando na corda bamba do fim do semestre,vendo alguns amigos já escorregando, tirei uns minutos para escutar essa "obra prima" - não achei expressão melhor - da música.

Coloquei para ouvir enquanto digitava um trabalho, quando dei por mim não estava mais digitando nada e apenas ouvindo. Realmente é algo fora do comum, e concordando com o Purrinhador, Miles Davis é um dos melhores músicos da história sem dúvida!

(Terminando o pequeno aposto)


terça-feira, 10 de novembro de 2009

I Wish I Knew How It Would Feel To Be Free

I wish I knew how
It would feel to be free
I wish I could break
All the chains holding me
I wish I could say
All the things that I should say
Say 'em loud say 'em clear
For the whole round world to hear
I wish I could share
All the love that's in my heart
Remove all the bars
That keep us apart
I wish you could know
What it means to be me
Then you'd see and agree
That every man should be free

I wish I could give
All I'm longin' to give
I wish I could live
Like I'm longin' to live
I wish I could do
All the things that I can do
And though I'm’m way over due
I'd’d be starting a new

Well I wish I could be
Like a bird in the sky
How sweet it would be
If I found I could fly
Oh I'd’d soar to the sun
And look down at the sea
Than I'd sing cos I know - yea
Then I'd sing cos I know - yea
Then I'd sing cos I know
I'd’d know how it feels
Oh I’d know how it feels to be free
Yea Yea! Oh, I’d know how it feels
Yes I’d know
Oh, I’d know
How it feels
How it feels
To be free

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Aniversário

As coisas andam meio devagar por aqui, mas mesmo assim o blog completou seu primeiro ano de vida na ultima sexta! Então, agora de cara nova, ainda partilhando a minha realidade e irrealidade, vida longa ao Colecionador!

Ps: Espero que os apreciadores da coleção gostem do novo catálogo!

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Smile

Ouçam SMiLe, um dos melhores da música pop!

3º e 4º dia e conclusões

Vide aqui e aqui, as postagens sobre a viagem. Num geral, a viagem foi bacana para que eu pudesse olhar minha cidade natal com outros olhos e uma postura mais crítica, sem deixar de ver tudo o que há de belo e interessante. Sei que isso parece um pouco raso, mas não cabe aqui as discussões levantadas a respeito.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Sobre o segundo dia

Na minha opinião foi um dos melhores!

Fomos a estação da luz, passeamos por lá depois fomos a vila dos ingleses. A vila é um pequeno condomínio fechado próximo a Luz, construído para abrigar os engenheiros que vinham da Europa para trabalhar no país.

Fazendo uma observação, não gosto de olhar a crakolândia com olhar de zoológico, como essas excursões nos fazem sentir:

- Olha gente aqui é a crakolândia, não precisa abraçar a bolsa não! Olhem a segregação socioespacial dessa população...

Antes deles serem qualquer outra coisa são seres humanos, não devem ser observados como uma manada de "população alienada e desfavorecida". Passado esse momento, fomos a Pinacoteca.


A Pinacoteca é um dos lugares mais lindos e legais de São Paulo, ainda mais com a super exposição "Matisse, hoje". A maior do artista já feita no Brasil.


Odalisca com calça vermelha, 1921. (eu adoro a criatividade de quem dá nome as obras.)

A exposição é simplesmente sem palavras, muito válida para quem adora Matisse e para quem nunca teve contato com o trabalho do artista. Além de todo o acervo da Pinacoteca e outras exposições simultâneas a essa.

Ainda fomos a Paulista para observar arquitetura, foi bacana mas também choveu muito.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Sobre o primeiro dia

Minha visão da cidade, no primeiro dia.

Tanta Água
Itamar Assumpção

É tanta água despencando lá do céu
Meu Deus do céu meu Deus do céu
Meu Deus do céu o que que tá acontecendo
É São Pedro que ficou pinel
Com raiva de São Paulo é primavera é primavera
Só que só fica chovendo
São Paulo está tal qual a Torre de Babel é inflação
É vendaval é só papel esperanças vão morrendo
É só quimera e mais quimera mas que merda é não e não
E fel e fel mas que escarcéu que a gente tá vivendo
Não tem mais galo cantando não tem mais nem de manhã
Não vejo o sol que mundaréu que frio que tá fazendo
Garoa neblina sereno formando um véu
Quem me dera ver o céu mas eu só fico querendo
É chuva fina encharcando meu chapéu e o solidéu
E o solidéu e o solidéu daquele padre correndo
É primavera só que escreveu não leu escureceu água desceu
Meu Deus do céu o que que tá acontecendo


Depois de muita chuva, um breve passeio pelo mercado municipal e FAU (cidade universitária), o primeiro dia chegou ao fim com recordes históricos de pluviosidade e muitos pontos de enchentes e alagamentos pela cidade.

Prólogo

No último 8 partimos, minha turma e eu, para São Paulo em nossa viagem didática. Está que se estenderia de 8 a 11 de setembro. A intenção era fazermos uma leitura sobre a cidade, seus problemas, suas atrações culturais e principalmente arquitetura.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Uma noite qualquer...

Fomos ao bar jogar sinuca e comer uma pizza essa noite, como de costume coloco sobre o balcão as moedas com que pago minha parte da conta. A balconista simpática agradece pelo troco, algumas reclamam. Na saída avistamos uma colega de turma, com sua carta e carro importado novos em folha; ainda me espanto com isso, já deveria ter me acostumado.

Andamos pelo Campus que começa a apagar as luzes, nos sentamos na pracinha e conversamos sobre o carro da colega, grana, namorado, outros colegas, a faculdade, enfim sobre tristezas e alegrias da vida. Rimos, choramos e por um momento somos felizes em meio ao frio, já é uma da manhã.

Embora estude no centro, moro no bairro. Saio da faculdade e conforme me afasto do centro vejo uma cidade vazia de pessoas e carros, sinto o forte contraste entre o automóvel da colega e os estacionados nas ruas próximas a minha casa. Faço a transição entre a “cidade” universitária e a real todos os dias.

A cidade é de porte médio. Problemas de cidade grande, ares de cidade do interior; um lugar que hora me pertence hora me escapa. Acho que de tanto me deslocar entre extremos, algumas vezes, perco a referência de onde é meu lugar. Meu e de alguns outros amigos que estão, mas não fazem parte, da elite da elite da elite do país, com em certa feita nos disse uma professora. Realmente a elite está aqui, mas não intelectual como eu sonhará um dia.

Chego em casa quase uma e meia da manhã, pensei muito no caminho. Repassei mentalmente toda a noite: o bar, o rápido encontro com a colega de turma, a longa conversa, meus próprios pensamentos que ficaram pelo caminho entre o sublimado e o real, por incrível que pareça ainda me espanto com isso, já deveria ter me acostumado.


Embora esteja numa semana de insônia, estou cansada. Depois reescrevo isso.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Sobre teatro

É uma arte da qual entendo pouco, digo pouco, pois a respeito de dança não sei nada. Tivemos sorte pois nos últimos meses algumas peças bem interessantes vieram visitar nossa humilde província.

Sendo elas:

Meu Abajur de Injeção, de Luciana Canielli
In On It, do Canadense Daniel Maclvor
Vau de sarapalha, inspirado em Guimarães Rosa
O Homem da Tarja Preta, do psicanalista e escritor Contardo Caligari

Gostei de todas, porém gostei mais de "In on it" e "O homem da tarja preta" as duas tratam de pessoas, em especial homens.

Na peça canadense o escritor relata a historia de amor entre um casal onde um deles morre em um acidente. Dois homens que escrevem e encenam uma peça e contam a história de seu relacionamento. O espetáculo trata de forma sensível e bela o relacionamento, o sentimento de perda e o processo criativo do teatro.

No texto de Contardo um homem narra em uma madrugada de sua vida como "A puta da Internet". Embora isso possa parecer homossexual, não é. A peça nos mostra as taras e insatisfações como a vida e sexualidade desse homem, que não sabe ao certo o que é ser homem e como se constrói a masculinidade, embora isso pareça tão explicito e natural aos olhos preconceituosos de homem e mulheres, para eles algo que é inerente aos "machos" da espécie humana.

Pensei muito e em muita coisa depois de assistir a esses espetáculos. A partir deles concluí que o teatro é uma forma de arte muito mais próxima do homem e dos sentimentos e angústias dele que qualquer outra.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Like a Rolling Stone


Matei aula por causa da chuva, por isso estava vendo os "Clássicos" da MTV. Achei esse videoclip muito bacana, além da música ser ótima!

sábado, 15 de agosto de 2009

Saldo das férias

Terminei:

"Levantado do Chão" de José Saramago. Excepcional!
A 5ª temporada de House.
A mudança da minha irmã para o quarto ao lado.
Os trabalhos de férias da faculdade.

Li:

"Alice no País das Maravilhas" de Lewis Carrol. Quero ver o filme do Tim Burton ano que vem.
"Leite Derramado" de Chico Buarque. Gostei mais do "Budapeste" mas esse é muito gostoso de ler.

Não lembro todos os filmes que vi, dos que lembro:

"Madame Bovary" Claude Chabrol , 1992. Chato.
"Maria Antonieta" Sofia Coppola, 2006. Fraco.
"Doze homens e uma sentença" Sidney Lumet, 1957. Excelente roteiro.
"Cantando no Chuva" Gene Kelly, Stanley Donen, 1957. Uma boa reprise.
"Paranoide Park" Gus Van Sant, 2007. Bom filme, meio triste.
"Na Natureza Selvagem" de Sean Penn, 2008. Bom filme, muito triste.
"Discreto charme da burguesia" Luis Bunnel. Dormi uma parte, preciso ver de novo.
"Os Incompreendidos" François Truffaut, 1959
"Beijos Proibidos" François Truffaut, 1968.
"Domicílio Conjugal" François Truffaut, 1970.
"Amor em Fuga" François Truffaut, 1979 . Essa série do Truffaut precisa de um post exclusivo! É muito boa, o que mais gostei foi "Domicílio Conjugal"
"A festa da menina morta" Matheus Nachtergaele, 2008. Estranho
"Separações" Domingos de Oliveira, 2003. Bacana
"Casablanca" Michael Curtiz, 1942. Clássico, vale a pena

Comecei a:

Ver a 3ª temporada de "The Simpsons".
Ver "Arquivo X". Sim, eu que sou de outro planeta e não conhecia!.
Ler "O Lobo da Estepe" de Herman Hesse. Muito legal!
Tomar vergonha na cara e reconhecer que preciso estudar mais.
Odiar ladrões de galinha. Eu sei que é feio mas ainda estou p*** da vida, roubar de quem tem pouco e o fim.

Enfim acho que esse é o saldo das minhas primeiras férias na facul.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Mais sobre a gripe suína

- Essa gripe parece que tá feia.
- É mesmo
- Quem nunca morreu, tá morrendo de gripe.

Conversa com meu pai, meu ídolo.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

sexta-feira, 17 de julho de 2009

A luta continua

"Então o primeiro do norte avançou para o trigo com a foice, e o primeiro do sul deitou-lhe a mão ao braço, empurraram-se sem agilidade, rijos, rudes, brutos, fome contra fome, miséria sobre miséria, pão que tanto nos custas. Veio a guarda e separou a briga, bateu para um lado só, empurrou à sabrada os do sul, amalhou-os como animais. Diz o sargento, Quer que os leve todos presos. Diz o feitor, Não vale a pena, são uns desgraçados, segure-os aí um pedaço, até desanimarem. Diz o sargento, Mas há ali um ratinho com a cabeça rachada, houve agressão, a lei é a lei. "

Retirado do livro Levantado do chão, José Saramago.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Aos amantes de queijo


quinta-feira, 2 de julho de 2009

Poesia incidental

as vezes minhas angustias
vem corroer-me
apagando o brilho
pouco a pouco

tornando as alegrias esparsas
fazendo do riso, apenas mascara
que oculta o sofrimento de todo dia

as vezes me sinto assim
triste sem ter motivo
viva por pouco

(tem dias que acordo meio desanimada...)

terça-feira, 16 de junho de 2009

Guto Lacaz

http://www.gutolacaz.com.br

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Equívoco



terça-feira, 26 de maio de 2009

Sobre meu aniversário


Adeus

Móveis Coloniais de Acaju

Quando eu vivo esse encontro,
Eu digo adeus
Refaço os meus planos
Pra rimar com os seus

Abandono o que é pronto
E digo adeus
Eu trago os meus sonhos
Pra somar aos seus

E toda vez que vier
Felicidade vai trazer
A cada vez que quiser
Basta a gente querer
Ser desta vez a melhor

E toda vez que vier
Felicidade a mais
A cada vez que quiser
Basta a gente dizer
Só uma vez
Uma só voz

Muita coisa passou desde o último, coisas boas e ruins, mas agradeço a Deus por tudo: pelos amigos, pelas conquistas e principalmente por tê-lo ao meu lado.

sábado, 23 de maio de 2009

Sono da razão

GOYA, 1797,Os Caprichos: O Sonho da Razão Produz Monstros; gravura em água forte. Calcografia Nacional, Madrid.

"Razão e imaginação deveriam estar sempre unidas para que ambas não se deixassem levar pelos exageros racionalistas, por um lado, e sensualistas, por outro. Seja em arte, seja nas decisões prática, a racionalidade pura não poderar ir muito longe, sem a sensibilidade que por sua vez pode levar a desastres, enquanto a razão sonha."

texto retirado daqui

sábado, 16 de maio de 2009

Sobre a gripe suina

sábado, 2 de maio de 2009

Encontre o absurdo e ganhe uma paçoca!

"Ao lado do conteudismo dos positivistas que, como Taine, consideram a arte produto do ambiente, dos historicistas que, como Dilthey, a interpretação como manifestação do espírito dos povos e das épocas, dos socialistas que, como Proudhon e Marx, assinalam-lhe uma missão social ou consideram-na como representação da realidade, ou daqueles que como Guyau e por outro lado Nietzsche, vêem-na como suprema manifestação e exaltação da vida, ou dos psicanalistas que nela vêem um caso de sublimação dos instintos, está o formalismo evocado pelas várias poéticas da arte pela arte e da poesia pura, de Poe e Flaubert e a Wilde, os quais, ciosos da autonomia da arte, vêem-na comprometida por toda preocupação do conteúdo e de finalidade não artísticos, a ponto de recomendarem a indiferença pelo conteúdo e a ausência do assunto para firmarem-se sobre puro estilo; ..."

Retirado de "Os problemas da estética" de Luigi Pareyson pág 59. 3ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2001

quinta-feira, 23 de abril de 2009

"O sertão é o universo*"

O universo cabe em uma representação? Meu sertão é tão árido e delimitado a esse ponto? Foram as perguntas que saltaram-me a mente quando o professor colou esse texto na lousa.

O que sabemos e somos é tão vasto quanto nossa dimensão de ser, quanto mais se tem consciência do viver mais pleno ele se torna, em contraponto o que o realmente sabemos sobre nós e sobre o mundo?

A grandeza do mundo é infinita embora o tamanho deste seja limitado, explico, o mundo é intelígivel ao homem em sua plenitude, uma vez que não se pode sentir, respirar e entender o mundo em sua "inteireza", este nunca poderá ser representado; ainda mais pelo pobre espírito humano que nunca deixa de enviesar os olhos pelo pensamento.

Alias a grandeza do pensamento humano é comparável a do universo. Tudo que pensamos em apenas um dia, se fosse quantificado, representado ou escrito, chegaria quase ao infinito. Se nem ao menos consegue-se assimilar o sentido e o pensado criados por nós mesmos em um dia, o mundo será um eterno enigma pois nunca o compreenderemos por completo.

Por mais que conheçamos nosso sertão ele sempre será infinito e novo a cada olhar e por isso nunca algo maior que o observador, pois ele sempre o renova com pensamentos e sentimentos novos em relação ao redor, daí a representação do mundo pelo homem ser ele mesmo.

* Frase de João Guimarães Rosa.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Diálogo...

"- Encaixa, então porque não funciona?
- Está achando que é só encaixar, tem que ter química!"

Contextualizando: Tentava eu, carregar o telefone com o carregador de outro aparelho da mesma marca.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Sobre a páscoa

A Páscoa é um feriado cristão um pouco estranho. Pois ela começa depois do carnaval com a quaresma que serve para a expiação dos pecados, ou seja, primeiro o pessoal comete todo o tipo de pecado no carnaval para depois redimir-se. Detalhe, a remissão vem por meio de mérito próprio: ficar sem fazer a barba, não comer carne, chocolate ou tomar refrigerante dá jeito em tudo.

Outra coisa que me intriga é a "malhação" a Judas (mais comum no interior), pois se ele sentiu-se culpado a ponto de suicidar-se e por conta disso já está no inferno, além de ser a figura bíblica mais odiada não precisava ser personificado em boneco para apanhar ainda mais e ser queimado.

Além de tudo a Páscoa é um feriado sincero, pois todo mundo lembra de comer peixe mas não pará para agradecer a resureição, não tem aquelas melodidades próprias do natal. Na Páscoa todos se mostram, somos egoístas mesmo: Escondemos os ovos para não dividir, não se está nem aí com a sexta-feira santa, só é importante por que é feriado.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Pobre não tem sorte



Pobre só ganha dor, dívida e apelido!



Frase cunhada por ele. Pois eu viajei de "graça" e a virose veio de brinde.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Sala São Paulo

Hoje fui a São Paulo com a faculdade, visitamos o Masp e a Sala São Paulo. O Masp já o conheço (menos do que gostaria) de longa data, porém foi a primeira vez que fui a uma casa de concertos e em especial a Sala São Paulo, casa da Osesp.

O lugar é muito interessante, pois a sala foi construída onde antes era o jardim interno da estação Júlio Prestes ou Estação da Luz o que foi bastante complexo uma vez que o prédio da estação é tombado e possui grande ruído a sua volta por ser uma estação e estar na região central da cidade.


A sala é dotada de sistemas moderníssimos de estrutura e mobiliário para dar melhor acústica durante ensaios e apresentações e além de tudo muito bonita. Porém a diferença entre dentro e fora do prédio é gritante, a madeira de lei das portas separa dois mundos que não dialogam: a cultura destinada a poucos em geral das classes média e alta e a pobreza da cracolândia onde crianças jogam futebol disputando espaço em meio a vendedores ambulantes e moradores de rua viciados em drogas.

A revitalização do centro que visa expulsar os pobres da região já está sendo feita esperaremos pela terceirização da vida deles também.

Outra tristeza (bem egoista) é que minha máquina fotográfica é muito limitada me deixando fotos boas apenas do exterior onde havia luz natural...

quinta-feira, 26 de março de 2009

Observação infame

" ...No século XX, as correntes estéticas que se seguiram ao Impressionismo levaram ao extremo a convicção de que o objeto artístico obedece a princípios estruturais que lhe dão o estatuto de ser construído, e não de ser dado, "natural" . Matisse, abordado por uma dama a propósito de um quadro seu com um comentário "Mas eu nunca vi uma mulher como essa!", replicou, cortante: "Madame, isto não é uma mulher, é uma tela"."

Retirado do livro Reflexões sobre a arte de Alfredo Bosi.

Mal educado é quem observa sem saber o que diz, não quem responde!

quarta-feira, 18 de março de 2009

Ante sala do consultório

Detesto ir ao médico principalmente porque em geral esperamos três vezes mais tempo que passamos na consulta.

E não importa a hora ou o dia em que se vá sempre tem uma criança maldita gritando e correndo de um lado para o outro em meio a muitas pessoas doentes e em sua grande maioria idosas; mas o que mais me impressiona não é o pequeno anjo do inferno que corre é a mãe (ou o acompanhante) que vê o infeliz correndo e no máximo fala para ele sentar, o que ele faz durante trinta segundos e recomeça o estardalhaço.

Sempre volto triste do dermatologista
.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Segunda-feira...

Imagem de André Dahmer

sábado, 14 de março de 2009

Uma escritora

Tenho uma coisa a confessar: sou um pouco preconceituosa com autores novos ou pouco conhecidos (muito famosos como o Dan Brown ou Paulo Coelho também dispenso - mas por conceito formado).

Entretanto surpreendi-me muito com essa escritora, pela qual me apaixonei ao ler o conto "O diário da Medeia" que abre o livro "O sudário"
(que tem outros contos muito bons como "O fruto do vosso ventre" por exemplo).

Contudo, surpreendi-me ainda mais com a leitura de seu primeiro romance, um enigmático noir extremamente profundo, com reflexões sobre arte e vida sem pedantismos pseudo-intelectuais. Enfim sou uma fonte pouco confiável uma vez que sou fã..rs

"Eu ficava deliciado quando percebia esses pequenos traços fúteis que emolduravam o abismo de sua feminilidade. As meias deslizavam suavemente pelas suas pernas, depois as calcinhas. Lentidão e volúpia. Sem ensaio, sem olhar para mim ou me olhando furtivamente. Uma borboleta se libertando do casulo. Uma mulher, em um quadro do Degas, se despindo para o banho, observada ilicitamente pelo buraco da fechadura.

Bastava-se a si mesma."

Esse trecho é do romance "Fuga em espelhos" , poderia destacar muitos outros mas prefiro deixar a curiosidade fazê-los procurar por Guiomar de Grammont.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Rainy Day, Dream Away

Composição: Jimi Hendrix

Hey man, take a look out the window 'n' see what's
happenin'
Hey man, it's rainin'
It's rainin' outside man
Aw, don't worry 'bout that
Everything's gonna be everything
We'll get into somethin' real nice you know
Sit back and groove on a rainy day
Yeah
Yeah I see what you mean brother, lay back and groove.

Rainy day, dream away
Ah let the sun take a holiday
Flowers bathe an' ah see the children play
Lay back and groove on a rainy day.

Well I can see a bunch of wet creatures, look at them on the
run
The carnival traffic noise it sings the tune splashing up
'n'
Even the ducks can groove rain bathin' in the park side
pool
And I'm leanin' out my window sill diggin' ev'rything
And ah and you too.

Rainy day, rain all day
Ain't no use in gettin' uptight
Just let it groove its own way
Let it drain your worries away yeah
Lay back and groove on a rainy day hey
Lay back and dream on a rainy day

Trilha sonora para um dia de chuva...

sexta-feira, 6 de março de 2009

Relocalizando

Sei que tenho sido um tanto quanto displicente com esse humilde espaço, porém ocorreram muitas mudanças nesses últimos tempos.

Estou feliz com isso apesar de todo o trabalho que vem pela frente.

Essa é minha nova localização na usp, o departamento de arquitetura e urbanismo da EESC.

Em breve terei outro blog para administrar e creio que com isso aqui fique mais movimentado também...

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

The Wall


Ontem assisti novamente o longa "The Wall" e entendi melhor as questões colocadas do que quando o vi pela primeira vez.

O filme nos mostra a história de Pink, astro do rock vivido pelo ator Bob Godof. Na verdade o que vemos é a loucura dele e o que o levou a isso: a perda do pai na segunda guerra mundial, a super proteção da mãe, uma educação extremamente rígida e castradora. Esses fatores levam Pink a um profundo isolamento e depressão.

A depressão o leva a negligenciar a esposa (que acaba por envolver-se com outro homem) , ter surtos de raiva, alucinações e um profundo estado de afasia, após uma tentativa de suicídio Pink se dedica ao papel de ditador e propagandista de uma ideologia muito semelhante a nazi-facista. Quando se dá conta de sua loucura inicia-se em sua mente um julgamento feito pelas figuras significativas de sua vida: a mãe, a
morte do pai, o professor e a esposa, que o condenam a voltar a vida comum.
A história escrita e idealizada por Waters, apesar de ser auto-biográfica e inspirada em Syd Barret, é uma vertigem que nos leva a uma grande viagem por dentro de uma mente que poderia ser a de qualquer pessoa.

THE WALL
Dir: Alan Parker
Inglaterra 1982, 95 min
Argumento: Roger Waters
Música: Robert Erzin e Pink Floyd
Produção: Alan Marshall
Desenho de Produção: Brian Morris

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Sobre a amizade...

Os amigos são coisas curiosas, tenho grandes amigos que não me lembro nem onde, quando ou como os conheci. Parece que esses simplesmente apareceram para fazer parte da vida e não importa o tempo sem contato, os sentimentos são sempre iguais. Por exemplo: fazia meses que não falava com uma amiga encontramo-nos por acaso e apesar das muitas novidades conversavamos e riamos como quando nos viamos todos os dias.

Sem entrar em clichês de livros de auto-ajuda ou algo que o valha, os amigos realmente são pessoas especiais e é sempre essecial lembrar que somos nós por nos mesmos.

Quero que meus amigos saibam
que os amo muito. Independente da vida maluca que temos, com horários e rumos que seguem em sentidos opostos, que sempre serão muito especiais e queridos para mim. Não vou colocar os nomes, mas espero que os envolvidos entendam o recado. Beijo!

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Mudança em flor

Já tratei aqui sobre o medo da mudança.

Mas por que será que ficamos com um frio da barriga diante das boas mudanças?




















Essas são minhas plantinhas que resolveram florir nessa estação...
As mudanças serão boas...rs

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Finalmente...

...2009 começou!

Finalmente depois da zica que foi 2008 as coisas começam a mudar, sempre digo que anos ímpares são melhores mas enfim!

2008 me ensinou coisas muito importantes:
- Não importa o quanto está tudo zicado, ainda pode piorar;
- Somos responsáveis por nossas vidas. Se está tudo f*****, mesmo que a culpa não seja sua, é você que vai ter de concertar;
- Sempre é preciso ter fé, paciência e coragem (sempre mais do que achavamos que seria necessário) para enfrentar e mudar as coisas;
- E por último mas não menos importante, sempre precisamos de amigos, mesmo que eles não possam ajudar. Eles sempre tem algo a dizer, mesmo que seja para ajudar a praguejar a má sorte;

Obrigada aos meus amigos em especial ao Hais e à San (que estiveram em situações parecidas e até piores que a minha) e principalmente ao André, não teria conseguido chegar a 2009 sem vocês. E se Deus quiser teremos muitas coisas boas a agradecer no fim de 2009 como temos agora.

Beijos a todos e espero contar com vocês esse ano também!

Feliz ano novo!

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

The Corporation

"Cento e cinquenta anos atrás, as corporações eram apenas instituições de pouco valor. Hoje elas exercem uma forte infulência no dia a dia de nossas vidas."


As corporações agem como indivíduos psicopatas, estão em toda parte, manipulam a mente das crianças e isso é apenas parte do que fazem...

Corporação (The Corporation)
Canadá, 2003 - 145 min
Direção: Jennifer Abbott e Mark Achbar
Gênero: Documentário

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

A Marchinha Psicótica de Doctor Soup

Antes de nada eu gostaria de explicar
Segue agora um mosaico de imagens mil
Chamado "A Marchinha Psicótica de Doctor Soup"

A noiva do arlequim e o malabarista chegaram juntos com a fada e o inspetor nazista
Chacretes e coristas em teatro de revista
Bem-vindos a orgia niilista
Ai que gostoso, que delícia, muito mais paulista
Anunciados o homem-bala e a mulher canhão
A musa do pinóquio era bolchevista
A mais formosa melindrosa pega na suíça
Suíça pra ela era pegar rapaz

E pra provar minha querida, o meu amor tão radical
Eu escrevi essa marchinha para tocar no carnaval
O milênio passaria, e a marchinha seguiria sendo cult, underground...
Mas até 2020 seria revisitada e virar hit nacional...


O timbre do caetano é super bacana
Não pense que eu estou copiando, que eu sou banana
Peguei emprestado pras artes da semana
Abrindo as portas da percepção
Um tal de Aldous Huxley de cara ficou doidão
Tomando toda a solução.
Doidão é apelido para a paranóia
Toda jibóia, toda bóia, toda clarabóia
Querida, que tal baixar o televisor?
Deitado no divã com Woody Allen
Eu tive um sonho com aquele estranho, velho alien
Que era cabeça Bob Dylan, barba Ginsberg, Allen

E pra provar minha querida, o meu amor tão radical
Eu escrevi essa marchinha para tocar no carnaval
O milênio passaria, e a marchinha seguiria sendo cult, underground...
Mas até 2020 seria revisitada e virar hit nacional...

jupter maça - marchinha psicotica de dr stu


sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Entretenimento de quinta

Já achava esse "jornal", se é que podemos chamar assim, ruim. Na verdade acho que é um programa de entretenimento tão ruim quanto novela e BBB pois além de ser vazio fica promovendo a desgraça alheia.

Faz dois dias que não se fala em outra notícia, todos os pedidos de justiça feitos pelo exaltado apresentador do programa sobre as crianças atiradas pela janela e adolescentes mortas pelo namorado já foram esquecidos, impressiona como uma desgraça é substituída com muita facilidade.

Mas o diferencial é que eles já sabem quem é o assassino, uma vez que, já falaram com a vítima depois do crime.


segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Ás seis da tarde

A memória é algo muito estranho. Há algum tempo lembrei-me desse texto, é óbvio que não o sabia de cor, mas lembrei-me da temática que era pertinente a conversa e comentei com o André que se interessou pela poesia. Porém, não me lembrava onde tinha lido e nem quem era o autor. Estudando, encontrei o famigerado texto que estava numa prova que eu havia feito há alguns anos (Fuvest 05).


Às seis da tarde

Às seis da tarde
as mulheres choravam
no banheiro.
Não choravam por isso
ou por aquilo
choravam porque o pranto subia
garganta acima
mesmo se os filhos cresciam
com boa saúde
se havia comida no fogo
e se o marido lhes dava
do bom e do melhor
choravam porque no céu
além do basculante
o dia se punha
porque uma ânsia
uma dor
uma gastura
era só o que sobrava
dos seus sonhos.
Agora
às seis da tarde
as mulheres regressam do trabalho
o dia se põe
os filhos crescem
o fogo espera
e elas não podem
não querem
chorar na condução.

Marina Colasanti – Gargantas abertas


É interessante como uma coisa pode permanecer na memória por tanto tempo, mesmo que não tenha sido algo extraordinário. Uma cena, uma música, uma idéia(?) tudo isso pode ficar eternamente no subconsciente. Logo, tomem cuidado com as coisas que leêm(?) por aí, elas podem ficar morando na sua cabeça.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Monty Python's Flying Circus!


O grupo, formado pelos humoristas (da esquerda para a direita, primeiro os a frente) Eric idle, Michael Palin, Terry Jones, Graham Chapman, Jonh Cleese e Terry Gilliam (este último que aparece pouco e assina as animações), foi pioneiro em muitos temas e formatos. Estilo único de fazer humor que é novo, mesmo quarenta anos após a estréia e depois de incansáveis cópias.

Flying Circus, o programa de TV que revelou o sexteto, ficou no ar pela emissora BBC durante cinco anos (1969 a 1974). Formado por uma compilação de sketchs e animações o programa apresenta muita versatilidade, com piadas inteligentes e provocadoras que tratam desde política até sátiras à personagens históricas.

Muitos dos sketchs do grupo são de difícil "digestão", pois exigem do expectador muitos conhecimentos nas mais diversas áreas e bom raciocínio, isso faz com que o programa prolongue-se além dos créditos finais. Muitos deles ficaram imortalizados por serem extremamente inusitádos como "A piada mais engraçada do mundo", "SPAM", "Passeio ciclístico", "O papagaio Morto" e (na minha opinião) um dos melhores "A inquisição espanhola".

O dinamismo da trupi saiu da TV e começou a encher as telonas ainda na década de 1970. São responsáveis por três longas-metragens: "Em busca do cálice sagrado" de 1975, "A vida de Brian" em 1979 e "O sentido da vida" de 1983, além de um especial produzido nos EUA em 1982 "Ao vivo no Hollywood Bowl" (mas os filmes merecem comentários a parte, em outra oportunidade).

Embora tenham começado a separar-se no fim da terceira temporada de Flying Circus (a quarta temporada não conta com a presença de Cleese), continuaram com uma amizade próxima e reuniram-se para programas ao vivo e especiais do grupo, além dos filmes. A morte prematura de Graham Chapman em 1989 colocou fim definitivo aos Pythons.

Fiquei fã desde que assisti a "Em busca do cálice sagrado". Para quem não conhece ou só ouviu falar é uma excelente pedida para as férias, lembrem-se sempre: Nobody expects the spanish inquisition!